Dinheiro do Bolsa Família não é para apostas, diz Wellington Dias

Site / App de apostas esportivas.  Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Nota foi divulgada após BC apontar gasto de R$ 3 bilhões em bets


Por Agência Brasil

Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias participa do programa Bom Dia, Ministro  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, divulgou nota nesta quarta-feira (25) afirmando que os programas sociais de transferência de renda foram criados para garantir a segurança alimentar e atender às necessidades básicas das famílias em situação de vulnerabilidade.

"A prioridade sempre será combater a fome e promover a dignidade para quem mais precisa", destacou.

A nota foi divulgada logo após publicação de nota técnica elaborada pelo Banco Central (BC) que aponta que os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets (empresas de apostas eletrônicas) via Pix em agosto.

Dias afirma ter solicitado esclarecimentos ao Ministério da Fazenda e destacou ainda a proposta em andamento para a regulamentação desse mercado no Brasil.

"Tenho certeza de que o governo federal, ao tratar desse tema, levará em consideração a proteção dos mais vulneráveis e os impactos sociais que possam surgir", reforçou, destacando que irá acompanhar a regulamentação e encontrar mecanismos para evitar que dinheiro dos benefícios sociais sejam utilizados em jogos.

"Nosso foco permanece firme: garantir que o Bolsa Família continue sendo um instrumento eficaz de combate à pobreza e à insegurança alimentar. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que esse objetivo se mantenha", disse, em nota.

Banco Central divulgou dados a pedido de senador Omar Aziz

Em agosto, beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas eletrônicas, segundo dados divulgados pelo Banco Central a pedido do senador Omar Aziz. A análise revelou que cerca de 5 milhões de beneficiários, de um total de 20 milhões, realizaram apostas via Pix, com uma média de R$ 100 por apostador. Desses, 70% eram chefes de família, que enviaram R$ 2 bilhões para as casas de apostas.

O levantamento abrange apenas transações feitas por Pix, sem incluir outros meios de pagamento, e destaca que o volume total de apostas eletrônicas na população foi estimado entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões em agosto. Aziz pretende solicitar à Procuradoria-Geral da República a remoção das páginas de apostas online até que sejam regulamentadas.

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