Na Fieg, Sincafé e Abic promovem encontro Unidos pela Qualidade do Café


O Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Estado de Goiás (Sincafé) e a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) promoveram quinta-feira (18/04), o Encontro Regional: Unidos pela Qualidade do Café. O evento, com apoio da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e do Sebrae Goiás, reuniu, na Casa da Indústria, torrefadores e agentes da cadeia produtiva do setor.

Na oportunidade, foram apresentadas as novas exigências para a comercialização do café torrado, aspectos da nova rotulagem, informações sobre o mercado de café e estratégias para o desenvolvimento dos negócios. Foram debatidos ainda conteúdos atuais, como o uso da inteligência artificial para as empresas de café e formas de ação e de colaboração para a sustentabilidade do setor.

"São temas que passam pelo papel de nosso Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Alimentos e Bebidas, referência para elevar a competividade do setor, ofertando às indústrias serviços técnicos e tecnológicos especializados estruturados e abrangentes", destacou o presidente da Fieg, Sandro Mabel.

O evento contou com palestras de Aline Marotti, coordenadora de Qualidade e Certificações da Abic; Ana Claudia Marques Cintra, auditora fiscal federal agropecuária; Nathalia Garcia, gerente do IST Alimentos e Bebidas; Lorena Blanco, presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho e Inclusão (CTRTI) da Fieg; Celírio Inácio, diretor-executivo da Abic; e Christianne Pimenta, auditora líder ABNT PR 2030 pela GCR.

Atualmente, Goiás é um dos Estados mais relevantes do Centro-Oeste quando o assunto é café. A região possui um consumo médio de aproximadamente 753.180 sacas por ano. A produção industrial é de aproximadamente 57.998 sacas por mês, o equivalente a 695.976 sacas por ano. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção agrícola de café em Goiás no ano de 2023 foi de 201.800 sacas de arábica. Para 2024, a expectativa é a de que 255.700 sacas sejam produzidas. Cada saca corresponde a 60 quilos do grão.

"Trouxemos um time de peso para discutir o futuro da indústria do setor com empresários e profissionais que atuam no segmento em Goiás. Temos espaço para crescer. Precisamos estar preparados para aproveitar as oportunidades, tanto do mercado doméstico quanto no exterior, levando nossos produtos além-fronteiras", avaliou Jaques Silvério, presidente do Sincafé-GO.

De acordo com Celírio Inácio, a segmentação facilita a escolha e estimula as vendas do produto. Para ele, é preciso respeitar as diferentes escolhas do consumidor e apresentar cafés de todas as categorias nas gôndolas. "Os consumidores de café estão mais atentos a qualidade, origem e segurança do alimento, não se pautam só pelo preço no momento da compra e sabem que café não é tudo igual."

Números gerais do setor mostram que o Brasil é o 2º maior mercado consumidor de café do mundo. Somente em 2023, foram consumidas 21,7 milhões de sacas, volume que representou 39,4% da safra produzida no ano. Os brasileiros consomem em média 1.434 xícaras de café per capita por ano.

O encontro Unidos pela Qualidade do Café foi marcado ainda pela realização de workshop técnico sobre o Protocolo Brasileiro de Avaliação Sensorial de Cafés Torrados. O treinamento foi realizado na sexta-feira (19/04), com a instrutora Camila Arcanjo, consultora de Qualidade da Abic.

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