Iniciativa vai ao encontro da meta da companhia de ter representatividade feminina em vagas de chefia
Alinhado
com o compromisso com a equidade de gênero, o GPA alcançou a marca de 52% de mulheres
no quadro total de funcionários, com 41% dos cargos de liderança ocupados por
elas.
Sobre
esse tema, o grupo estabeleceu metas específicas dentro do seu ciclo de compromissos
públicos para 2025, como atingir 50% das mulheres em cargos de liderança
(gerentes e acima).
Programa
de Desenvolvimento de Mulheres
Para
alcançar as metas, a companhia investe em uma série de ações internas. Uma
delas é o Programa de Desenvolvimento de Mulheres, criado para fomentar a
participação de mulheres em posições de liderança. O projeto é direcionado a
todo o público feminino da companhia e já atingiu mais de 1.800 mulheres desde
a sua primeira edição, em 2019.
As
participantes passam por workshops e rodas de conversa sobre o tema e, por meio
da iniciativa, entram em um processo de nivelamento de conhecimento acerca de
temas como o desenvolvimento das competências necessárias ao exercício da
liderança e estímulo do senso de compreensão, que oferecem às colaboradoras a
oportunidade de autodesenvolvimento, com foco em assumir posições de liderança
dentro do GPA.
Neste mês
março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, duas gerentes de
lojas do Pão no Distrito Federal, Ângela Inácio e Ilana Costa, revelam como alcançaram alguns
postos de liderança na rede, com histórias que fazem a diferença.
Ângela
Inácio – Gerente-Geral da loja do Setor Sudoeste - Brasília/DF
Goiana,
Cristã, Filha, Irmã, Amiga, Namorada e Gestora. Assim eu me autointitulo. Neste
mês em que se comemora o "Dia Internacional da Mulher". Tenho orgulho
de dizer que tenho um quadro funcional constituído por 60% de mulheres,
dedicadas, determinadas e focadas na busca dos resultados e desenvolvimento
pessoal e profissional.
Comecei
no GPA com 18 anos, operadora de caixa, líder de setor, RH e coordenadora. Passei
por várias funções até chegar à função de gestora, em 2012. Hoje, aos 44 anos,
me vejo desafiada a apoiar outras mulheres líderes a almejar o mesmo cargo,
garantindo um ambiente de respeito, valorização e iguais oportunidades.
Hoje
já temos, no Centro-Oeste, 9 (nove) mulheres líderes como chefes de operações,
função que era predominantemente exercida por homens. Não vou dizer que é fácil,
mas toda mulher é capaz de buscar exercer a função que desejar. Desde que
entrei no GPA, queria estar na liderança, e essa busca foi incansável. Aprendi,
busquei o desenvolvimento por meio de formação institucional e participei de
vários cursos internos e externos.
Tive
algumas gestoras mulheres também que me incentivaram muito na carreira até
chegar aqui como Gerente Geral – e ainda quero mais! Muito mais "Mulheres
empoderam umas às outras". O GPA é uma empresa que reforça a equidade de
gênero e o papel da mulher no varejo por meio de ações que destacam o
protagonismo feminino.
Meu
propósito é inspirar as mulheres a construírem suas conquistas, fortalecendo
seus talentos e a importância na evolução e transformação em ambientes
profissionais sem limites paras todas nós!
Tenho
41 anos e entrei no GPA com 20 anos - uma menina que já tinha outra menina para
criar, a Lays. Entrei como operadora de caixa e apesar de já ter começado a
trabalhar muito cedo – aos 15 anos –,
foi aqui que de fato comecei a minha carreira profissional.
Quando
entrei, tive uma gerente chamada Lola – uma mulher elegante, forte, brava, mas
inspiradora. Comecei a olhar para ela e pensar: um dia vou ser gerente igual a ela.
Assim busquei e percorro todos os caminhos que entendia que me levaria até lá.
Em
pouco tempo, fui operadora de salsicharia, logo transferida para outra loja
como operadora plena (que substitui o chefe do setor na sua ausência). E, assim,
comecei a sentir a responsabilidade do cargo de liderança.
Em
contrapartida, não poderia deixar de citar que aquela menina precisava ajustar
a rotina do trabalho no varejo com a responsabilidade de cuidar de uma criança
que a essa altura tinha apenas 4 anos (eu já com 3 anos de empresa).
Tinha
dia que acordava às 4h da manhã, colocava a Lays em uma bicicleta enrolada na
coberta e levava-a para a casa da minha mãe, que ficava a 3 quadras de onde eu morava,
para de lá pegar um transporte e vir trabalhar. Essas idas e vindas durou um
tempo até minha mãe ter um problema de saúde que a impediu de cuidar da minha
pequena. Foi onde eu só pensava que teria que crescer e trabalhar para alcançar
aquela gerência que eu sonhei lá atrás quando entrei. Não foram anos fáceis,
mas decidi que precisava fazer uma faculdade paga e ter mais oportunidades. Assim
fiz me formei em Biomedicina - nada a ver com o que eu buscava de fato dentro
da companhia.
Mas
continuei subindo minha escadinha. De chefe de seção, fiz processo de seleção
interna para chefe de operações e com 8 candidatos homens eu fui a única mulher
que passei, estando bem próximo de alcançar meu objetivo.
Já
com meus 11 anos de companhia, a filha com 10, a futura graduação em Biomedicina,
comprei um carro para não ter mais que levar a pequena de bicicleta. Fui
construindo aos poucos aquilo que eu entendia que poderia dar conforto para aminha
filha. Hoje digo que foi por ela que busquei tudo de 21 anos para cá.
Mas
ainda faltava algo, pois não queria ter apenas uma filha, mas dois filhos.
Estava em um momento de ascensão na carreira, e como pararia tudo para ter
outro filho? Estava com 30 anos e não queria que fosse mais tarde. Então
resolvi planejar ter o segundo e conforme tudo aquilo que planejamos, veio
minha segunda maior dádiva, o meu filho tão amado (Luís Miguel).
Então
aconteceu a pausa na carreira no finalzinho da faculdade. Esta foi uma mudança
drástica na rotina, com um novo bebê, só que, dessa vez, com o apoio total do
pai. Passei a licença de 6 meses e retornei ao trabalho – meses difíceis de adaptação, insegurança, mas
que logo se passaram com apoios dos colegas de trabalho e da chefia .
No
ano seguinte ao meu retorno, já bem adaptada, precisava seguir meu sonho –
aliás, agora já eram dois motivos para a necessidade de crescer e
ser exemplo. Fui então convidada para participar do programa de sucessão de
gerentes do Pão de Açúcar, em que de 15 em 15 dias íamos para São Paulo. Como
faria se não tivesse uma rede de apoio tão importante? E assim fui e participei
do programa. Aprendi e me formei para aquilo que tinha começado a sonhar há 13
anos.
Em
2016, assumi a gerência, na época de 21 lojas. Apenas 3 gerentes mulheres do Centro-Oeste
– um motivo de orgulho inclusive para aquelas que estavam ao meu
lado.