Arruda será a maior estrela da política nas ruas de Brasília a partir de amanhã, 16/8/2022
Texto escrito por Eunicinha Lourenço
O Brasil é um país de grandes lideranças políticas, principalmente no Sudeste e Nordeste. José Roberto Arruda (PL), oriundo de Minas e radicado no DF, conseguiu alçar voo e ser um dos maiores nomes da política partidária em nosso país nas últimas três décadas. Foi secretário de Estado dos governadores José Aparecido e Joaquim Roriz.
Arruda afirma que apoiará ibaneis para o GDF e a esposa Flávia para o Senado
Embora com suas raízes profundamente ligadas ao estadista JK, Arruda, um animal político na busca do voto, é inimitável, pois na sua estreia na disputa eleitoral derrotou a própria filha do criador de Brasília com dona Sarah, a Márcia Kubitschek, ex-deputada federal por Minas Gerais e saudosa sogra do hoje governadorável Paulo Octávio (PSD), como também avó de André Kubitschek (PSD) e, como Arruda, na busca de um mandato de deputado federal pelo DF no dia 2 de outubro.
O Governador Ibaneis ( MDB) entre as poderosas: a ex- Ministra Flávia Arruda (PL), candidata ao Senado e a Deputada Federal Celina Leão ( Progressistas), candidata a vice-governadora do DF
Como é sabido, Brasília tem mais de 3 milhões de habitantes e, por outro lado, tem muitas semelhanças com minúsculos municípios goianos nos seus arredores. Nas referidas cidades goianas, a briga política muitas vezes se dá entre parentes próximos, e no DF Arruda foi obrigado a derrotar a filha de JK com sua grande amiga dona Sarah.
Os dois secretários de Zé Aparecido e Roriz, os amigos Arruda e Adolfo Lopes. Adolfo poderá ajudar Arruda nos 300 mil votos do Entorno. Ambos filiados ao PL de Jair Bolsonaro
Os caciques da política interiorana dominam os votos da cidade e da zona rural. Arruda é o único político vivo no DF que é bem votado no Lago Sul, passando por Plano Piloto, Ceilândia, zonas rurais de Planaltina e Brazlândia, bem como o Entorno de Brasília, formado por mais de 30 municípios goianos e três de Minas Gerais. Estatísticas indicam que mais de 300 mil eleitores que residem nos referidos municípios votam na capital brasileira.
A Ministra Flávia e o Presidente da República Jair Bolsonaro. Ela luta com com todas suas forças para reeleger Bolsonaro
Foram os referidos votos que levaram dona Weslian Roriz para o segundo turno em 2010, e surpreenderam os famosos institutos Soma, Ibope, Data Folha e Vox Populi. Estes davam como certa a vitória de Agnelo Queiroz (PT) no primeiro Turno. Somente o antigo Instituto O Parlamento, hoje Direct, acertou os números da dona Weslian no primeiro turno. Na ocasião, os votos do Entorno ajudaram Jaqueline Roriz a obter 102 mil votos para deputada federal, e a estreante Liliane, irmã caçula da Jaque, obteve cerca de 25 mil votos. Vale lembrar que na eleição seguinte, em 2014, Joaquim Roriz Neto, que substituiu a mãe Jaqueline, conseguiu cerca de 30 mil votos para deputado federal; e a Liliane, minguados 14 mil votos para distrital. Desta vez os descendentes de Roriz não contaram com os votos do Entorno. A reportagem foi ao Guará no DF, onde reside um ex-governadorável de Brasília e conhecedor da Região do Entorno, Adolfo Lopes, 81 anos, que opinou sobre o assunto:
Palmelina e o esposo Adolfo Lopes. Os dois conhecem bem os caminhos dos votos do DF, nos mais de 30 municípios que circundam Brasília
"Eu fui vice-prefeito de Valparaíso-GO no Entorno, e durante o período como auditor fiscal do governo do DF, disputei mandato para governador de Brasília, cujo objetivo foi ampliar o debate na capital criada por JK. Certamente os votos do Entorno decidem a eleição de Brasília e de Goiás. José Roberto Arruda, que foi meu colega em dois governos, pois fomos secretários de Estado nos governos de Zé Aparecido e Roriz; digo que Arruda é o único político do DF que consegue mobilizar as três partes do eleitorado de nossa capital: o voto urbano, rural e do Entorno, onde conheço bem todas as cidades e seus líderes dos velhos tempos e da atualidade. Eu acredito que o Arruda potencializa a candidatura de sua esposa que pleiteia o Senado, a Flávia Arruda (PL) e a reeleição do Ibaneis (MDB) bem como a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, do PL, partido em que também estou filiado. Sei que o debate é democrático e temos boas chapas na concorrência. Por isso, o nosso grupo, além de gastar sola de sapato, precisamos de ampliar nossas redes sociais, pois ninguém mais ganha eleição sem elas. Estou participando ativamente do processo eleitoral no DF e ouvindo as instruções de meu amigo Arruda", disse Adolfo.
Flávia entre Bolsonaro e o esposo Arruda. O casal brasiliense lutará pela reeleição de Bolsonaro na capital brasileira
Além de Ibaneis, estão no páreo e na disputa do Palácio do Buriti o senador Reguffe (União Brasília), Izalci Lucas pelo PSDB, a Leila do Vôlei pelo PDT, Paulo Octávio (PSD), Coronel Moreno (PTB), Keka Bagno (PSOL), Leonardo Grass (PV), Lucas Salles (DC), Rafael Parente (PSB), Renan Arruda (PCO) e Robson da Silva (PSTU). Com doze candidatos na disputa, certamente será uma eleição de dois turnos. Obviamente, a experiência e o carisma do Arruda poderão fazer a diferença a favor de Ibaneis, que tem tudo para chegar ao segundo turno como o mais votado. A deputada federal Celina Leão, do Progressistas, é, a olhos vistos, a vice que mais soma até agora entre os vices escolhidos.
Dona de uma trajetória política vitoriosa, começou na política como uma das escolhidas de Roriz e alçou voo próprio. Presidiu a Câmara Legislativa do DF e deu uma guinada inimitável ao se eleger deputada federal no MDB à época com o então poderoso Tadeu Filippelli que disputou a eleição para deputado federal. Ele foi vice-governador e um importante deputado federal, com destaque nacional. Portanto, a Leoa Celina junto com Ibaneis, Arruda e esposa Flávia obviamente darão votação expressiva para Jair Bolsonaro numa eleição atípica. A disputa rumo ao Palácio do Buriti é saber quem irá para o segundo turno contra Ibaneis. Acredito que só na segunda semana do mês de setembro é que despontará o referido nome, pois no momento existem nomes sem tradição em disputa majoritária que poderá surpreender e passar nomes tradicionais da política.
Voltando ao ex-governador Arruda, que já foi o deputado federal mais votado proporcionalmente do Brasil, muitos acreditam que ele entra nesta disputa como um perseguido político que ficou fora do processo e fez falta na política brasiliense e nacional. Ele vem com muita vontade e o apoio do povo, por isso Arrudão poderá chegar aos 200 mil votos e ajudar a eleger mais um no seu partido. Que Brasília e o Brasil escolham os melhores nomes para a capital brasileira e para o comando do Palácio do Planalto.
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