O Jornalista Walter Brito, pré - candidato a deputado federal ( Pros/SP) e a Auxiliar de Enfermagem Ed J, pré-candidata a deputado estadual ( Pros/SP).
Texto redigido pelo jornalista Walter Brito
Um dos hospitais mais importantes da América Latina, o Hospital das Clínicas de São Paulo, pela primeira vez em sua história, que completará 77 anos na terça-feira, 19 de abril, terá uma funcionária negra retinta pré-candidata a deputada estadual e com possibilidades reais de assumir um mandato na ALESP, o maior parlamento estadual do Brasil, com 94 deputados. O orçamento de 2022 é de R$ 286,7 bilhões, o maior da história daquela Casa de Leis.
Um dos hospitais mais importantes da América Latina, o Hospital das Clínicas de São Paulo, pela primeira vez em sua história, que completará 77 anos na terça-feira, 19 de abril, terá uma funcionária negra retinta pré-candidata a deputada estadual e com possibilidades reais de assumir um mandato na ALESP, o maior parlamento estadual do Brasil, com 94 deputados. O orçamento de 2022 é de R$ 286,7 bilhões, o maior da história daquela Casa de Leis.
O Brigadeiro Átila Maia, foi um dos primeiros a visitar o Jornalista Walter Brito no leito do HC
Pelas dependências da pomposa Assembleia Legislativa de São Paulo transitam diariamente uma média de 9 mil pessoas, das quais 6 mil funcionários, entre efetivos e terceirizados. Conheci a pernambucana de 54 anos, Ednalva Jacinta de Almeida, ou simplesmente Ed J, na madrugada do dia 15 de agosto de 2021, quando eu tinha sofrido três AVCs com trombose no dia 14 de agosto.
A Auxiliar de Enfermeira ED J, lutará para ocupar uma das 94 vagas na ALESP
Eu dormia naquelas minhas primeiras 12 horas no HC e acordei naquela madrugada, quando me deparei com a famosa auxiliar de enfermagem que por lá trabalha há 26 anos, a Ed J. Ela estava ao meu lado, com medicamentos para mim, prescritos pelo neurologista doutor Maurício Teixeira quando, na sequência dos dias, passei um bom tempo na enfermaria do 14° hospital em excelência neurológica do mundo e o primeiro na América Latina.
Interrompo neste momento a sequência da matéria, pois lembrei-me de algo especial: algumas pessoas que ficaram marcadas na minha mente e, vou citá-las de cabeça, são alguns funcionários do HC, os quais me lembro bem: o chefe da Neurologia, que acompanhou o meu glorioso tratamento, à época com apenas 27 anos, o médico neurologista Maurício Teixeira; o médico neurologista Alexandre Guimarães, e o também neurologista Fernando Falcão, ambos à época com 31 anos.
Mais o neurologista angolano Próspero M. Paca; a diretora-geral da Neurologia, a enfermeira Tânia Húngaro; os enfermeiros Juliano Capito, Luciane Matsuashi, Helaine e Edlaine. Auxiliares de Enfermagem: Laís Scudeiro, Kelli Coelho e Ed J. As fisioterapeutas Franciele e Karol. As técnicas em Enfermagem Simone, Vera Alice, Adriana Carvalho e Kelli.
Mais o neurologista angolano Próspero M. Paca; a diretora-geral da Neurologia, a enfermeira Tânia Húngaro; os enfermeiros Juliano Capito, Luciane Matsuashi, Helaine e Edlaine. Auxiliares de Enfermagem: Laís Scudeiro, Kelli Coelho e Ed J. As fisioterapeutas Franciele e Karol. As técnicas em Enfermagem Simone, Vera Alice, Adriana Carvalho e Kelli.
A universitária guerreira e ex- faxineira, Ed J, pretende defender a causa negra na Assembleia Legislativa de São Paulo
A esses profissionais citados e os muitos outros que ajudaram em meu tratamento, que pela excelência me permitiu seguir a vida com alegria, saúde, paz e sem sequelas, os meus parabéns e meu muito obrigado e que Deus continue guiando e iluminando os 15 mil funcionários dessa instituição fundada por Adhemar de Barros e que precisa ser valorizados, desde os faxineiros que são muito bons e deixam todas as dependências muito limpas o tempo inteiro, até o seu presidente.
Vale ainda lembrar do nono dia de minha internação, que o meu tratamento foi tão perfeito e em tempo recorde, que lá da enfermaria do Palácio do Buckinham, (nome carinhoso que inventamos pela excelência dos serviços prestados por toda equipe da neurologia do HC, sob o comando da diretora-geral, a enfermeira Tânia Húngaro), eu escrevi um texto com exatas nove laudas, elogiando o hospital e com depoimentos das seguintes autoridades: o senador Fernando Collor (à época filiado ao Pros/AL), o senador Álvaro Dias (Podemos/PR), a senadora Leila do Vôlei (à época filiada ao PSB/DF), o secretário de Transportes do governo Doria, Alexandre Baldy (PP/GO), o empresário e político brasiliense Paulo Octávio (PSD/DF), o deputado estadual Castello Branco (à época no PSL/SP) e o jurista Raimundo Hermes Barbosa, presidente da Federação Nacional de Advogados, Bacharéis e Estagiários - FADESP.
O Jornalista Walter Brito e a Atriz e Cantora Zezé Mota, em uma cerimónia no Palácio do Planalto em Brasília, na discussão da causa negra
Entretanto, o mais importante destas linhas escritas por mim é a pré-candidatura de Ed J pelo Partido Republicano da Ordem Social, presidido nacionalmente pelo policial civil Marcus Holanda e no Estado de São Paulo por Roberto Parillo. Ed J, nascida em Recife no Estado de Pernambuco, numa família de 17 irmãos, mas com muita vontade de vencer na vida e ultrapassar os obstáculos que tinha para crescer, aos 16 anos ela veio sozinha para São Paulo trabalhar, onde foi babá, empregada doméstica, office girl, entre outras. No próprio HC onde foi faxineira, ela se estruturou, fez o curso de Auxiliar de Enfermagem e tocou a vida. Teve uma filha ainda muito jovem, fruto de uma paixão fulminante. O seu pequeno salário, a pernambucana dividia com a mãe lavadeira em Recife que ajudou a criar sua única filha com muita dignidade. Ed J encontrou forças para entrar na faculdade e cursa com muito orgulho Enfermagem. Entretanto, Ed J quer mais, conhecedora da saúde, ela quer ser uma autêntica representante da saúde de qualidade na ALESP, representar bem os seus 15 mil colegas do Hospital das Clínicas de São Paulo e lutar no parlamento estadual de São Paulo pela causa negra.
Os pré-canditatos do Pros, a Ed J e WB, prometem combater o bom combate a favor da causa negra em São Paulo e no Brasil
Sou o jornalista Walter Brito e convidei a Ed J para fazer uma dobradinha comigo, lutando a favor da causa negra que é também uma das bandeiras de nosso partido, o Pros. Sou pré-candidato a deputado federal e minha história vem de longe, pois há 40 anos luto pela igualdade por meio de meus textos. Durante quatro anos como diretor administrativo e financeiro da Fundação Cultural Palmares, estruturamos administrativamente aquela instituição, que só tinha quatro funcionários quando assumimos. Transferimos funcionários de outros órgãos públicos para a Palmares, que à época era apenas um sonho. Exigimos um orçamento digno do governo federal para a Palmares que simboliza as lutas, conquistas e vitórias do líder Zumbi dos Palmares. Conseguimos à época organizar o plano de cargos, salários e DAS, para estruturar a direção da instituição e a preparamos para o futuro, quando em seguida foram realizados concursos públicos. Como presidente interino daquela instituição, quando assumi o cargo por 32 vezes em 4 anos, destacamos nesta reportagem o sepultamento com honras de chefe de Estado, do ator Grande Otelo.
Foi realizado o velório no Palácio Gustavo Capanema no Rio de janeiro em 1993, quando compareceram populares, boa parte da classe artística e cultural, e autoridades como o então governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola, o presidente Itamar Franco e seu ministro da Cultura, o embaixador Gerônimo Moscardo, o arquiteto Oscar Niemeyer, entre outros. No dia seguinte fomos com toda a família do protagonista de Macunaíma para Uberlândia-MG, onde foi realizado o sepultamento com a presença no velório, no cortejo fúnebre e no cemitério cerca de 10 mil pessoas. O então deputado federal de Minas Gerais, Hélio Costa (ex-apresentador do Programa Fantástico da TV Globo) fez o seu pronunciamento em nome da classe artística, o ator Pratinha, filho de Otelo falou em nome da família, e este escriba da política nacional, falei representando o presidente do Brasil Itamar Franco. Sou autor do livro: Memórias de uma família negra brasileira, trabalhei em diversos veículos de imprensa em nossos país e por 38 anos no Congresso Nacional, quando assessoramos um bom número de políticos, no Congresso e Ministérios. Parabenizamos a auxiliar de enfermagem Ed J, pela coragem de enfrentar as urnas depois de dois anos de pandemia, que ainda não acabou!
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