Pré-eclâmpsia, desproporção pélvica-fetal e complicações
obstétricas podem levar o feto à prematuridade e a mãe a uma cesariana de
urgência
A
maternidade é um momento esperado na vida de muitas mulheres. No caso das mais
jovens, é um período de transição, marcado por diversas mudanças, dúvidas e
inseguranças. Quando esse processo ocorre na fase da adolescência, pode ser
ainda mais desafiador, com muitas mudanças físicas, mas também emocionais.
De acordo
com o cirurgião geral Daniel Flávio Cabriny de Almeida, do Hospital de
Urgências de Trindade (Hutrin), a gravidez na adolescência pode apresentar fatores de risco para mãe e para o bebê, entre eles, o
duplo anabolismo - uma competição biológica entre mãe e o feto pelos mesmos
nutrientes. O risco acontece principalmente em menores de 16 anos ou quando a
ocorrência da primeira menstruação foi há menos de dois anos.
“O corpo da mulher adolescente está em fase de
formação. Há outros fatores de risco como: a bacia não estar desenvolvida o
suficiente para o parto. Pode ocorrer pré-eclâmpsia ou desproporção
pélvica-fetal e até complicações obstétricas durante o parto, como uma
cesariana de urgência”, ressalta o médico.
Fatores pré-existentes como diabetes, doenças
cardíacas ou renais e doenças agudas como dengue, Zika, toxoplasmose podem
agravar os quadros. É preciso estar atenta também aos acompanhamentos
pré-natais e a rotina mensal ao médico.
“Na gravidez precoce tem-se o risco de doenças
hipertensivas. O feto também corre o risco de nascer prematuro e com
complicações como má formação do pulmão. Por isso, falamos da importância de
uma gravidez planejada”, afirma Daniel Flávio Almeida.
Segundo o Fundo de
População das Nações Unidas (UNFPA), existem cerca de 7,3 milhões de meninas e
jovens grávidas no mundo, e 2 milhões têm menos de 14 anos.
Responsabilidade e frustrações
De acordo com a
psicóloga do Hutrin, Polliana Alves, a gravidez na adolescência também pode
trazer para a mãe alterações psicológicas, como não saber lidar com a
responsabilidade e com as frustrações.
“Muitas adolescentes
enfrentam a gravidez sozinhas, sem apoio dos companheiros ou dos pais das crianças.
Há também a questão financeira que, muitas vezes, implica no abandono da escola”,
destaca a psicóloga.
A profissional ainda
ressalta o risco de doenças emocionais, principalmente após o nascimento da
criança. “A vida da adolescente passa a ser limitada, trazendo frustração às
jovens mães. Esses fatores podem gerar depressão pós-parto, por exemplo”,
finaliza a psicóloga.
Sobre o HUTRIN
O HUTRIN (Hospital Estadual de Urgências de
Trindade Walda Ferreira dos Santos) é uma unidade de assistência, ensino e
pesquisa, que integra a Rede Estadual de Hospitais de Urgências e Emergências
do Estado de Goiás (Rede HUGO). O Hospital tem 48 leitos, sendo oito de UTI,
perfil assistencial voltado para baixa e média complexidade em clínica
obstétrica, clínica cirúrgica e clínica médica e clínica ortopédica sendo
referência para Trindade, onde está localizado, e as cidades vizinhas.
Desde o dia 25 de agosto de 2019, o HUTRIN
encontra-se sob a gestão do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento –
IMED, uma Organização Social (OS) que se destaca pela prestação de serviços e
desenvolvimento de projetos que proporcionem bem-estar, saúde, cidadania e dignidade
às pessoas. O IMED administra o HUTRIN para que ele funcione com qualidade 24
horas por dia, todos os dias da semana.
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Assessoria de Comunicação - Hospital Estadual
de Urgências de Trindade (Hutrin)
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