Medida atende recomendação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no cumprimento de acordos sanitários firmados com a União Europeia para manutenção das exportações de carne bovina
Em Goiás, serão coletadas amostras sorológicas em 87 propriedades rurais sorteadas para realização do inquérito, distribuídas em municípios de todas as regiões do Estado.
Para avaliar e comprovar a eficiência da vacinação contra a febre aftosa, o Estado de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), vai realizar levantamento soroepidemiológico em bovinos de propriedades rurais localizadas em todas as regiões.
Trata-se de uma medida sanitária determinada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com o objetivo de atender os compromissos assumidos pelo Brasil com a União Europeia, relativos à certificação sanitária para exportação de carne bovina para aquele mercado.
Além de Goiás, vão participar do inquérito os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Essas cinco unidades da Federação são habilitadas a exportar carne bovina para a União Europeia, com o status de livre da febre aftosa com vacinação. Daí a importância da comprovação da eficácia vacinal contra aftosa nesses estados.
José Essado, presidente da Agrodefesa, explica que a medida é mais uma das ações desenvolvidas pelo Serviço Veterinário Oficial, incluindo a realização de auditorias e reauditorias em propriedades rurais para habilitação e manutenção das exportações, bem como ampliação do mercado europeu para a carne goiana.
Essado ressalta também que Goiás trabalha para cumprir todas as metas estabelecidas pelo Mapa no âmbito do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (PNEFA), para que, em futuro próximo, o Estado alcance o status de área livre de aftosa sem vacinação, com reconhecimento oficial pela Organização Social de Saúde Animal (OIE).
Procedimentos
Por meio de videoconferência realizada nesta quinta-feira (22/10), a Agrodefesa ministrou treinamento para 35 médicos veterinários fiscais estaduais agropecuários que irão se responsabilizar pelas ações do estudo soroepidemiológico estabelecido pelo Mapa. As diretrizes técnicas foram apresentadas pelo gerente de Sanidade Animl, Antônio do Amaral Leal, e pelo coordenador do Programa Estadual de Enfermidades Vesiculares, Wladimir Lênin Pedroso Moraes.
Em Goiás, serão coletadas amostras sorológicas em 87 propriedades rurais sorteadas para realização do inquérito, distribuídas em municípios de todas as regiões do Estado. Os trabalhos de coleta terão início no próximo dia 26, com término previsto para dia 6 de novembro. Será apenas uma etapa de coleta, sem necessidade de identificar animais.
Todos os materiais coletados serão acondicionados em recipientes próprios de conservação e encaminhados ao Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário (LabVet) da Agrodefesa. Após triagem, as amostras serão encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Mapa em Pedro Leopoldo (MG), que será o responsável pela análise sorológica e emissão do relatório final.
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Jornalista Paulo Melo
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