Mesmo em ano de pandemia e sessões remotas na AL-MG, João Vitor Xavier gastou mais de R$ 56 mil com verbas indenizatórias

Maioria das despesas, pagas graças ao recolhimento de impostos por parte dos cidadãos belo-horizontinos, se refere a combustível, aluguel de carros, de imóveis, consultoria e propaganda do deputado, que é candidato a prefeito da capital mineira

Foto: Marcos Moreno.

Apesar de um ano atípico causado pela pandemia que prejudicou a economia, gerou desemprego em massa, falências de vários tipos de comércio, sem contar as milhares de mortes no país, o balanço da prestação de contas do deputado estadual de Minas Gerais João Vitor Xavier, do Cidadania, chama a atenção. 

Em meio a sessões remotas no Parlamento em razão das medidas restritivas para evitar a contaminação do coronavírus e a retomada das atividades presenciais, o parlamentar, que é radialista, gastou mais de R$ 56 mil com as chamadas verbas indenizatórias em 2020. 

Fazem parte da lista dos serviços, despesas com combustível, locação de veículos, passagens, aluguel de imóveis, custeio de materiais para o gabinete e até mesmo propaganda do parlamentar. Tudo isso é pago com dinheiro público, que vem originalmente do pagamento de impostos dos cidadãos. 

Foto: Facebook.

O valor de mais de R$ 56 mil é público, consta no Portal da Transparência do Parlamento mineiro e todo o cidadão que cumpre com suas obrigações tributárias pode consultar. 

CANDIDATURA E PROPAGANDA 
Candidato a prefeito de Belo Horizonte neste ano, João Vitor Xavier turbinou gastos com propaganda, o que chama o balanço financeiro de seu gabinete. Entre janeiro e fevereiro, por exemplo, o deputado gastou quase R$ 20 mil com este item. Foram exatos R$ 13.649,97 em janeiro e R$ 4.350,00 em fevereiro. Por lei, é permitido que o político use dinheiro público para propagar o que tecnicamente é classificado de “atividade parlamentar”, ou seja, prestação de contas de sua atividade na Assembleia. 

OUTROS GASTOS 
Somente com combustíveis o gasto neste ano foi de mais de R$ 8,3 mil. Em janeiro, por exemplo, o custo declarado foi de R$ 2.142,85. Já em fevereiro, o gabinete consumiu R$ 3.046,17 apenas com despesas em postos de combustíveis. 

O cidadão, por meio de seus impostos, bancou para o deputado despesas de mais de R$ 14,5 mil com locação de veículos para ele e seus assessores circularem por BH. Na média de fevereiro deste ano para os meses anteriores, o valor mensal utilizado por João Vitor Xavier com este item é de R$ 5,8 mil. 

O belo-horizontino, também às custas de seus impostos, possibilitou que o deputado gastasse mais de R$ 8,4 mil com locação de imóveis e demais despesas relacionadas. Já, assessoria e consultoria para o deputado custaram R$ 5 mil. 

CRESCIMENTO EM ANO ELEITORAL
A intensificação de gastos do deputado em ano eleitoral é comprovada com a simples comparação apenas dos gastos dois primeiros meses deste ano em comparação ao ano passado. Em janeiro de 2019, por exemplo, não consta nenhum gasto do deputado em seu gabinete. Já neste ano foram R$ 25.450,55. Em fevereiro de 2019, foram R$ 15.897,74. Já no mês de fevereiro deste ano, que antecedeu a decretação da pandemia, o gasto declarado foi de R$ 22.415,50.
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