A deputada federal Rosangela Gomes conta como é ser uma mulher negra na Câmara dos Deputados
As redes sociais possuem um grande poder. Tanto positivo, quanto negativo. Isso fica cada vez mais claro quando percebe-se quase que diariamente centenas de ataques virtuais gratuitos. Por trás das telas estão escondidas pessoas que cometem vários crimes, um deles é o de injúria racial. Esses crimes tendem a acontecer ainda mais quando as vítimas são mulheres negras.
Uma pesquisa da Universidade de Southampton, na Inglaterra, escancarou uma realidade que já é conhecida por muitas: mulheres negras entre 20 e 35 anos são 81% das vítimas de discurso discriminatório e de ódio nas redes sociais. Os dados foram apurados pelo pesquisador brasileiro e PHD em Sociologia, Luiz Valério. Para chegar aos números, ele analisou mais de 16 mil perfis de usuários.
A verdade é que as redes sociais são reflexo de diversos crimes e situações constrangedoras que muitas pessoas enfrentam diariamente. Exemplo disso é a verdadeira batalha que a líder do Mulheres Republicanas, deputada federal Rosangela Gomes, enfrenta diariamente. Negra, de origem humilde e vinda de uma família desajustada, a parlamentar, hoje, é um verdadeiro exemplo de resiliência, mas as batalhas são diárias.
“Nós, mulheres negras, vivemos situações constrangedoras e racistas diariamente. Eu, inclusive, já quase fui impedida de entrar no Plenário do Congresso Nacional para votação. Atualmente também venho sendo alvo de diversos ataques virtuais e fake news que visam me desestimular, porém, é importante que a nossa força seja vista e que esses criminosos não fiquem impunes”, declarou.
Outro estudo, da Anistia Internacional, revelou que mulheres recebem ofensas no Twitter, por exemplo, a cada 30 segundos. As negras, asiáticas e latinas têm 34% mais chances de serem ofendidas do que mulheres brancas. Atualmente, 56% da população brasileira é negra. São 118 milhões de pessoas que sofrem ou já sofreram em algum momento, algum tipo de discriminação racial.
Campanha Antirracismo – Com o intuito de combater o racismo estrutural e após uma série de manifestações que pediam o fim do racismo, o Senado Federal lançou uma campanha denominada “Racismo em Pauta”. A iniciativa segue até 20 de novembro, mês em que é comemorado o Dia da Consciência Negra.
A campanha abordará o racismo na linguagem e a participação histórica do negro na formação da sociedade. Trará matérias contra a violência policial, entre outros temas. Também serão produzidos conteúdos de combate ao racismo contra índios, e de empoderamento de mulheres negras e indígenas.
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Jornalista Paulo Melo
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